quarta-feira, 12 de março de 2014

UM IMPÉRIO GLOBAL, EUA


"Os EUA até hoje ocupam militarmente a Alemanha e o Japão, tutelam toda a Europa via OTAN, ocupam militarmente no mínimo o Afeganistão, a República democrática do Congo, a Líbia, o Iêmen, a Somália, o Haiti,um enclave em Cuba (Base de Guantánamo)... e possuem mais de 30 bases militares mundo a fora e mesmo assim alguns insistem em ve-lo como "aliado" e não como "a maior força de dominação agressiva da história humana"."

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Este mapa apresenta, de fato, o grau do "Império norte-americano" que apesar de se centrar nesta nação atende a interesses bastante restritos e privados em especial dos setores financeiros, petroquímicos, laboratoriais e bélicos que se complementam.

Um Império que domina não só pela supremacia militar mais impõe seu jugo via o padrão monetário de referência que regula todos os demais no mundo - o padrão dólar, entrelaçado a isso o domínio de nações usando de dívidas que jamais poderão ser pagas e justificam o saque econômico e o domínio das "matérias-primas estratégicas";domínios esses que ergueram sua última principal forma de dominação : a supremacia tecnológica que em muito também se transforma em supremacia cultural propagandeando e impondo seu "modo de vida" e doutrinas que visam justificar a dominação.

Ao lado deste império em posição privilegiada encontram-se seus "parceiros anglo-saxões" em especial o Reino Unido que atuam como parte e "braço direito" dos EUA e revela um traço racialista em um Império que se diz "multiracial". São a esses sócios que o Império disponibiliza e reparte oque de mais sofisticado e lucrativo possa obter e atuam praticamente em simbiose.

O Império domina as ex-potências européias e as utiliza para ainda expandir seu poderio via OTAN que serve como "a maior aliança militar do mundo" e também uma "tropa de ocupação permanente na Europa a tutelando a seus interesses". Via OTAN o Império agride o mundo inteiro mantendo sua centralidade no domínio da Europa.

Com Estados Unidos e seus parceiros anglo-saxões, a Europa ocupada via OTAN e o Japão também ocupado e tutelado pelos EUA se forma "a Tríade de domínio", ou oque chamam de "centro do capitalismo global" aonde se concentra a renda, os recursos e os interesses que buscam tutelar o resto do mundo e de fato coloniza-lo. Aqui de algum modo conflitam mais se subordinam as elites européias e japonesa ao Império dos EUA.

E,de fato, ao redor do mundo a chamada "Tríade de domínio" como espelho do imperialismo norte-americano coloniza em maior ou menor grau intensidade nações ao redor do globo com a ambição de dominar todas.

Vemos algumas poucas "colônias privilegiadas" que atuam como "sócias" da tríade no domínio global e por isso usufruem de benesses e suas elites tem uma parte no "grande bolo da exploração global". Neste quadro se destaca o Japão, ele mesmo um membro da "tríade" mais ao mesmo tempo uma colônia dos EUA. Outros "sócios privilegiados" se destacam da Coréia do Sul, Taiwan e nações que atuam como centros financeiros de escoamento dos "petrodólares" a tríade como o Kuwait, o Catar e os Emirados Àrabes Unidos. Outro destaque é Israel que territorialmente se classifica como "colônia privilegiada" mais os interesses que ali se entrelaçam fazem se reunir em seu entorno, defesa e projeto, setores dos mais poderosos do própio Império dos EUA que por vezes subordinam os própios interesses imperiais a seus interesses no "plano de Israel".

Vemos também colônias descritas como de "autonomia parcial" aonde seu poderio impediu que fossem totalmente tutelados e assim atuam com o Império em regime de "parceria", embora seja uma "parceria" aonde os EUA tenham muito mais meios de se impor e fortes aliados no interior destas colônias, vez ou outra essas colônias podem avançar em buscar "outras parcerias" oque as põe em permanente atrito entre se subordinar e em tentar progredir autonomamente em diversos campos, até porque se veem como "potências em ascenção".

O último e predominante tipo é o de "colônia de exploração" totalmente subordinados em enviar todos os seus recursos e riquezas ao Império e sua elite vive apenas como "cúmplice desta dominação".

Em contraposição a todo este domínio se erguem nações que em geral passaram por revoluções ou a seu modo resistiram e impediram de serem tuteladas.

Três destas nações por serem as mais poderosas a resistirem ao domínio e que também possuem força para se fazer valer no mundo inteiro embora até pela correlação de forças atuem de maneira mais defensiva, expandem-se prestando assistência a todas as nações que visem permanecer soberanas e atuam muito mais em um sentido de cooperação do que por supostos interesses imperiais, são hoje Rússia, China e Irã.
Estas três potências globais conseguiram através de seu Estado e de uma elite com projeto oposto ao do Império se tornarem a "vanguarda da resistência", e assim as potências rivais ao imperialismo norte-americano.

Em outras nações, o Estado permanece forte e suas elites buscam modelos autônomos de desenvolvimento e assim se tornam nações rivais ao Império e por isso são permanentemente assediadas e agredidas para que se submetam ao poder imperial. A maioria vem resistindo inclusive com projetos de desenvolvimento que apostam na cooperação e no protagonismo popular e nessa resistência estreitando laços, até para se resguardarem com as potências que seguem o seu mesmo caminho, as rivais do imperialismo.

Por fim, o mapa aponta nações que embora em certo grau permaneçam em "autonomia parcial" com o Império se ligam cada dia mais as nações rivais a este e oscilam embora venham como podem cada vez mais no rumo de buscarem um desenvolvimento autônomo e assim anti-imperialista.

Esta no fim é a grande batalha do mundo atual, uma grande batalha anti-colonial e por fim só uma grande luta por "revoluções de libertação nacional" acima de ideologias até porque só depois de vencida esta guerra é que qualquer projeto ideológico poderá ser levado a cabo no mundo sem cair no isolamento e assim ser derrubado pelo imperialismo norte-americano.

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