quarta-feira, 8 de outubro de 2014

RENOVAR O VOTO EM DILMA 13 - PT

Vivemos uma encruzilhada perigosa na história mundial, a luta entre uma hegemonia, a dos EUA, que busca se afirmar mundo a fora e a isso recorre a guerras, golpes de Estado, desestabilização social, política e econômica a quem não se curva e nações que buscam um mundo multipolar, sem hegemonias, com respeito as soberanias e construções de cada povo.

A hegemonia é a continuidade do colonialismo tal como vem acompanhada de políticas de precarização do emprego, restrição de investimentos públicos, corte de direitos sociais e a entrega do patrimônio nacional a elites do centro do capitalismo global e a multipolaridade é a continuidade das lutas de libertação nacional, lutas de descolonização tal como afirma a soberania nacional, garantia de direitos e um desenvolvimento econômico acompanhado do desenvolvimento social, de melhoria na vida das pessoas.

Desde o estopim da recente crise, os EUA e seus aliados da OTAN intensificam o saque de nações, recorrem a guerras, a desestabilização econômica e buscam uma REcolonização agressiva do mundo para saírem de suas crises mantendo seus modelos de sociedade subordinadas ao grande capital financeiro transnacional (globalista).

É esse o pano de fundo das eleições hoje no Brasil.

A nem tão pouco tempo atrás vivíamos subordinados a hegemonia pura e simples e com isso,apesar de ter se criado uma moeda forte que acabou com a hiperinflação vivíamos um cenário de desemprego generalizado, miséria, precarização dos empregos existentes, não se investia em obras públicas, muito menos algo minimamente relevante em saúde e educação. Foi a época que os grandes planos de saúde e as universidades privadas cresceram "em cima do serviço público".
Foi a época em que pessoas estudadas, com vários registros de emprego na carteira durante a vida batiam de porta em porta para aparar grama ou cortar àrvores em busca de um trocado, ou mesmo por um prato de comida.

Esta foi a Era FHC, se você não se lembra ou não a viveu, é só pesquisar oque ocorre em países como a Grécia, Espanha, Itália e aqui perto Paraguai e Honduras subordinadas a estas mesmas políticas.

Foi a época em que a indústria nacional foi arruinada, quebrada por uma abertura econômica feita sem planejamento e nossas grandes empresas entregues como a privatização da Vale do Rio Doce, da CSN, Embratel, da subordinação da Petrobrás a bolsa de valores...
Foi nessa época que nas cidades e estados foram privatizados os transportes coletivos, a energia, a àgua e proliferaram os pedágios.
Uma época de salário mínimo congelado, "desemprego estrutural", terceirizações e precarização do trabalho, tendo que trabalhar mais e receber cada vez menos.

A classe média que hoje brada o voto no PSDB, estava a beira de extinção em 2.002 e por isso elegeu o PT. Esta mesma classe média não mais existiria se José Serra tivesse ganho de Lula aquela eleição.

Foi como um BASTA e uma reação a tudo isso que o PT chegou ao poder.

Não deixo de ver que nas gestões do PT também houveram erros, concessões e equívocos e que mesmo o governo Dilma foi um retrocesso em relação aos governos de Lula, mais com certeza o Brasil de hoje é muito diferente do que os foi entregue em 2.002, é um Brasil com tendências de melhorias no emprego e na renda, na geração de empregos, no aumento dos salários, de programas sociais que realmente chegam a seus destinatários, com o retorno dos investimentos em obras públicas em parceria com Estados e municípios, expansão dos serviços públicos como exemplo a expansão de creches, escolas técnicas, universidades e da saúde da família, das UPAs, de um programa no aumento do número e da formação de médicos...
...da expansão do microcrédito, de políticas as micro e pequenas empresas... e oque mais se interrelaciona com o contexto global - uma política externa pragmática voltada a relações com todas as nações e tendo como base, a multipolaridade.

É isso que a hegemonia, agora caracterizada na figura de Aécio Neves vem para destruir.

É óbvio que ainda há problemas, nosso país possui uma parcela significativa de nossas elites comprometida com o colonialismo e que se manteve bem, ainda acumula mais e mais renda, para estas a Era FHC foi "uma festa de consumo de produtos estrangeiros chegados com a abertura econômica".
Mais também é óbvio que o PT mudou o Brasil para melhor e retroceder é trazer de volta o desespero e o desalento, desespero que estas mesmas elites entreguistas que hoje se opõe ao PT historicamente trouxeram ao país.
Só em tempos recentes, fora essa mesma elite hoje alicerçada no consórcio PSDB-DEM-PPS-SD que levou ao suicídio de Getúlio Vargas, a deposição de João Goulart, a ditadura de 64 e aos governos neoliberais de Collor e FHC.

Uma lástima ver o neto de Tancredo Neves estar hoje perfilado com o anti-getulismo.

O filme que assistimos aqui já ocorreu a bem pouco na Índia aonde Narenda Modi se fez vitorioso com promessas econômicas e traz de volta as políticas de arrocho salarial, abertura econômica e precarização do emprego, que bem ou mal, o Partido do Congresso conseguiu atenuar, e pouco a pouco Modi se distancia dos BRICs e estreita mais laços com os EUA e nações que apóiam a hegemonia.

O mesmo filme ocorre hoje no México, aonde o país tem significativo crescimento econômico, mais não melhoram as condições de vida do povo.

É isso que está em jogo e por isso, com todos os pesares vale a pena renovar o voto em Dilma Rousseff que diante da crise manteve a melhora no emprego, na renda e nos investimentos e se coloca ao lado da multipolaridade, da luta anti-colonial.

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