Pezão se reelege Governador pelo Rio de Janeiro, nota-se que sua maior
votação foi na região em que fez história política, a região de Piraí e
no vale do Paraíba do Sul, na capital e Niterói deve ser contado o
grande número de votos em branco, nulos e abstenções que lógico retirou
votos de ambos os candidatos, enquanto Crivella recebeu dois tipos de
votos, um de regiões predominantemente evangélicas e que se encontram
mais marginalizadas no Estado como a Baixada e São Gonçalo/Itaboraí e de
outro lado de regiões que parecem exprimir um voto mais ligado a figura
de lideranças locais que apoiaram o candidato e que viram agravados
problemas de segurança como a Região dos Lagos e Macaé.
Não apenas a reeleição de Pezão e a própia ida ao segundo turno deste
com Crivella, mostram a artificialidade das "jornadas de junho" como uma
expressão de contestação com capilaridade mais a própia exclusão dos
candidatos de esquerda e mais contestadores deste governo apontam que a
grande quantidade de votos em branco, nulos e abstenções foram de
pessoas despolitizadas ou apolíticas, que eram a maioria nas ruas e que
inclusive hostilizaram as pautas mais ideológicas.
É preciso
reflexão pois a idéia é que essas pessoas que foram as ruas contestar
as coisas se politizassem e oque se viu foi um repúdio a politização, as
ideologias e a própia política em si, mostrando que oque realmente
predominou em junho foram muito mais pautas individualistas do que as
lutas que as iniciaram. Incluso, em muito essa despolitização veio junto
com uma defesa do aprofundamento do status-quo e não de sua
contestação, com uma "onda conservadora liberal" enquanto os setores a
esquerda e dissidentes se expressaram pouco, mais qualificaram suas
bases conseguindo o intento inicial de lhes trazer política e ideologia.
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