quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O Balanço do pleito ao Governo do Estado do Rio de Janeiro

Pezão se reelege Governador pelo Rio de Janeiro, nota-se que sua maior votação foi na região em que fez história política, a região de Piraí e no vale do Paraíba do Sul, na capital e Niterói deve ser contado o grande número de votos em branco, nulos e abstenções que lógico retirou votos de ambos os candidatos, enquanto Crivella recebeu dois tipos de votos, um de regiões predominantemente evangélicas e que se encontram mais marginalizadas no Estado como a Baixada e São Gonçalo/Itaboraí e de outro lado de regiões que parecem exprimir um voto mais ligado a figura de lideranças locais que apoiaram o candidato e que viram agravados problemas de segurança como a Região dos Lagos e Macaé.
 Não apenas a reeleição de Pezão e a própia ida ao segundo turno deste com Crivella, mostram a artificialidade das "jornadas de junho" como uma expressão de contestação com capilaridade mais a própia exclusão dos candidatos de esquerda e mais contestadores deste governo apontam que a grande quantidade de votos em branco, nulos e abstenções foram de pessoas despolitizadas ou apolíticas, que eram a maioria nas ruas e que inclusive hostilizaram as pautas mais ideológicas.
É preciso reflexão pois a idéia é que essas pessoas que foram as ruas contestar as coisas se politizassem e oque se viu foi um repúdio a politização, as ideologias e a própia política em si, mostrando que oque realmente predominou em junho foram muito mais pautas individualistas do que as lutas que as iniciaram. Incluso, em muito essa despolitização veio junto com uma defesa do aprofundamento do status-quo e não de sua contestação, com uma "onda conservadora liberal" enquanto os setores a esquerda e dissidentes se expressaram pouco, mais qualificaram suas bases conseguindo o intento inicial de lhes trazer política e ideologia.

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