quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Eleições 2014 : O Brasil sob o Ocidentalismo

Este é um dos efeitos mais danosos de uma possível volta do #PSDB a Presidência da República : o abandono da multipolaridade e do meridionalismo na política externa e a adoção plena do Ocidentalismo a favor da hegemonia dos EUA.
No mundo de hoje com tensões entre hegemonia e contra-hegemonia seria muito mais danoso do que nos anos 90 a adoção do Ocidentalismo também como eixo principal da política externa.
A começar que tal seria o reflexo no país de uma política interna pautada no liberalismo e no financismo mais cruento tal como pregam "as políticas de austeridade" e seu reflexo no emprego e na renda e se acham que o #PT "entregou patrimônio nacional aos EUA" vocês nem fazem idéia de como seria com a volta do PSDB e o "alinhamento automático".
Depois que seríamos "plataforma de exportação" destas mesmas políticas mundo a fora de modo muito mais agressivo e passaríamos a hostilidade aos projetos soberanos como a ALBA, renovaríamos nosso apelo é a ALCA e selaríamos em definitivo nosso papel como "potência regional sul-americana",e "potência média alinhada aos centros do capitalismo", seríamos o "implementador e carcereiro" na América Latina das políticas de Washington hoje mais agressivas do que no limiar dos anos 90 quando não via contestação.
Só isso já nos afastaria direto de grupos como os BRICs e o IBAS que advogam mais soberania diante dos EUA e geraria graves tensões e crises no eixo da Unasul. Adeus estratégia meridional, multipolar e sul-sul.
Nossas "relações privilegiadas" se deslocariam primeiro para os EUA a qual seríamos "o principal parceiro sul-americano" e de volta ao hall de "colônia privilegiada", depois com os demais "centros do capitalismo alinhados a hegemonia" como a UE, assinaríamos em condições muito mais desvantajosas acordos além da própia ALCA o do Mercosul-UE,com o Japão e os Tigres asiáticos a qual com certeza voltaríamos a importar de Cingapura navios e plataformas para uso da Petrobrás (ou oque restar dela) e não mais priorizar a produção nacional, com a Austrália e a Nova Zelândia fortalecendo os interesses hegemônicos no Pacífico e por fim no Oriente Médio selando de vez com o eixo Turquia e Israel e passando a "opositor da Síria e do Irã".
Acha exagero ? Pois esta é "a política externa dos sonhos" dos EUA para o Brasil e o PSDB é "o partido dos sonhos dos EUA a governar o Brasil". Vivemos uma era em que a hegemonia está muito mais violenta justo por encontrar a contestação que não tinha nos anos 90 e assim suas políticas são muito mais intensas e arbitrárias do que antes, veremos no Brasil um retrocesso maior do que com FHC.
Hoje não há "meio-termo", nos equilibrando nisso é que nos ferramos, ou se adota uma política externa pró-multipolar e temos ido timidamente nesta direção ou se cai no Ocidentalismo e na defesa da hegemonia. Estar "dos dois lados" é cada vez uma posição mais restrita e difícil até por que as posições se intensificam pela agressão dos EUA a soberania e ao desenvolvimento dos póvos no mundo todo.
O "Ocidente" a qual "faríamos parte" é o da Hegemonia dos EUA, da ideologia Liberal, da mentalidade cosmopolita, do american way of life e dos herdeiros da dicotomia "metrópole-colônia".

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