quarta-feira, 27 de agosto de 2014
COMO O PT VEM PARA AS ELEIÇÕES 2014
O PT vê extremada a dicotomia entre oque defende o partido e as ações de governo num sistema de democracia liberal e um exagero de partidos que ou representam a direita liberal pura e simplesmente ou advogam a manutenção do sistema de capitalismo e de democracia liberal, mesmo o liberalismo sendo apenas uma das maneiras de gerir o capitalismo e que na prática é o poder da plutocracia das grandes finanças internacionais.
É um contrasenso a própia mentalidade do povo brasileiro e seu modo de gerir o capitalismo que se pautou num Estado forte e desenvolvimentista e um Capitalismo Social como pauta consensual sempre em oposição aos liberais.
Neste quadro e buscando alterar o atual panorama político que o leva ao impasse de terque recuar de atos como a queda gradual das taxas de juros, a reforma política, o aumento da participação popular, a democratização da mídia e tantas outras, o PT busca se fortalecer como partido tanto nos parlamentos como nos executivos como única maneira de ter poder político o suficiente para com os aliados mais próximos como o PCdoB e o PDT e outros partidos que apontem nesta direção como o PSB, o PSOL e as própias esquerdas e nacionalistas em geral a fazer estas mudanças estruturais.
Mudanças essas também vitais no plano internacional no fortalecimento da alternativa BRICs diante da Hegemonia dos EUA presente na atual estrutura política que o PT vem a buscar reformar.
Sem essas mudanças o própio projeto do PT corre riscos pois aprofundar-se no liberalismo é se perder como alternativa e fortalecer a direita liberal.
Uma grande questão é como fortalecer-se contra este sistema com uma coligação que majoritariamente o respalda e o apóia e esse incluso é um dos motivos da opção de priorizar candidaturas própias e o PSB seguindo um caminho independente ainda gera mais dificuldades dentro desta coligação que elegeu Dilma em 2.010, mais a médio prazo não deixa de ser um aliado se crescer em cima das oligarquias e da direita liberal. O reencontro de PT e PSB num futuro próximo é uma das chaves destas reformas embora neste pleito estejam em campos opostos, e mesmo assim o PT apóia o PSB no Amapá e na Paraíba, por exemplo como exemplo das afinidades ideológicas entre ambos os partidos.
Mais ainda temos o PMDB como maior partido do Brasil e com o vice-presidente da República e o PT tenque atende-lo pois é o seu pilar de sustentação dentro da atual configuração política embora os atritos venham a se acirrar o quanto mais o PT venha a advogar reformas.
É pelo peso do PMDB e que se reflete em setores mais burocráticos do PT que na estratégia eleitoral é o único partido que recebe apoios em diversos Estados aonde mesmo o PT retirou pré-candidaturas, mesmo assim no Amazonas e em Sergipe a aliança é com alas mais progressistas do PMDB e já ligadas regionalmente ao enfrentamento a direita liberal e as oligarquias mais atrasadas, os casos espinhosos são mesmo em Alagoas, Pará e principalmente no Maranhão.
Em Pernambuco era impossível apoiar um candidato que era a própia figura de um adversário na corrida presidencial e no cenário local já saindo da aliança ao enfrentamento, porém não buscando acirrar os ânimos e um enfrentamento direto no reduto de Campos, que afinal era um aliado ideológico como o é a maioria do PSB e sob o risco de uma nova derrota local petista diante de uma candidatura com o apoio de um ex-governador que era "o mais bem avaliado do Brasil", e por fim se selou o apoio ao petebista Armando Monteiro como um meio de fortalecer dentro do PTB um grupo favorável a Dilma, muito importante quando tal partido agora se encontra na aliança no plano nacional com seu maior adversário, Aécio Neves.
No Rio Grande do Norte se aproveitando de um racha na estrutura local apostou em Robinson Faria como estratégia a longo prazo, agora conseguem oque não possuíam no Estado : um leque de alianças viável a um projeto eleitoral de longo prazo e que penetra no eleitorado de centro.
O PT entra cauteloso mais animado, não a toa as perspectivas de vitórias são imensas incluso nos principais estados da federação : São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, DF, Bahia e Rio Grande do Sul e também com cenário muito promissor no Ceará, Piauí, Goiás, Mato Grosso do Sul e em manter o Acre mesmo com dificuldades.
E essas perspectivas logo se refletem nas candidaturas ao Legislativo.
As dificuldades se apresentam, incluso dentro do própio PT, mais as oportunidades aí estão, o grande desafio a frente talvez seja responder as contradições do própio PT diante de sua militância, a alternativa centrista apresentada pelo PSB e o crescimento do Conservadorismo Liberal.
Mais também há oportunidades no crescimento das esquerdas mais revolucionárias e um incipiente mais clamando representação de um nacionalismo que mesmo por vias conservadoras se opõe ideologicamente a mesma estrutura liberal que o PT tenta reformar.
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