O Oriente Médio está no "centro do mundo", da política e da luta global tanto por seus recursos naturais principalmente o petróleo e o gás natural como por sua cultura milenar recheada com rixas históricas tanto políticas, religiosas como frutos dos antigos processos colonialistas e os recentes e atuais processos imperialistas.
Os fatos hoje no Oriente Médio pela luta anti-hegemônica e a intercorrelação de forças global estão intimamente ligados aos fatos na Europa especialmente na Ucrânia aonde as mesmas forças se enfrentam e no Afeganistão e Paquistão agora decisivos no processo regional e estopim dos conflitos com a hoje Al-Quaeda que acontece hoje em nível regional ligada a outros movimentos "afiliados" seja na Síria, no Iraque, Líbia, Malí e outros.
Ali se enfrentam "três eixos de poder" que se intensificam na região mais possuem alcance global.
Dois deles ligados ao Imperialismo e a Hegemonia : O Eixo Sionista-Saudita que une Israel e Arábia Saudita e na região se expressa no apoio a Al-Quaeda e que dependem da opressão a outros póvos (palestinos no caso de Israel e os xiitas no caso dos Sauditas na região mais rica em petróleo do Reino) para manter inclusive a integridade territorial de seus projetos nacionais; e o Eixo Franco-Turco-Catarí que une França, Turquia e Catar e na região se expressa no apoio a grupos ligados a Irmandade Muçulmana e se baseiam no domínio do antigo colonialismo francês e em disputas de domínio regional, no caso da Turquia em muito no caso curdo que a opõe aos outros eixos que defendem a auto-determinação deste povo que se assenta nas grandes fontes de àgua doce da Turquia e também em regiões ricas em petróleo & gás.
O outro eixo denominado Eixo da Resistência que une Rússia, Síria e Irã na região e se expressa no anti-imperialismo e na anti-hegemonia e apoio aos processos revolucionários e nacionalistas como nos movimentos ligados ao islã que seguem a linha do "despertar islâmico", muitos destes xiitas com laços históricos, políticos, econômicos e culturais com o Irã, se baseiam na defesa de suas soberanias contra as agressões imperialistas e a unidade dos póvos para processos autônomos de desenvolvimento.
Neste "xadrez geopolítico" se destaca a presença de bases dos EUA e da OTAN a cercear a região e ali presentes, bases essas que servem de ataque e hostilidade aos póvos e mantém o domínio e as alianças pró-hegemônicas a nível regional.
As bases militares russas, muitas descendentes do período soviético mesmo minoritárias servem a tentativa de um equilíbrio regional e em muito serviram para impedir as agressões imperialistas a nações como a Síria e a ofensiva a Ucrânia e a Geórgia.
A presença da Al-Quaeda e organizações "afiliadas" são parte crescente do conflito regional e que se expandiu muito com o apoio principalmente do eixo Sionista-Saudita.
A presença e força do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) demonstram a aérea e a força do movimento autônomo e independentista do povo curdo e possui relações que oscilam entre os EUA e a Rússia, lutaram ao lado da Síria, no Iraque lutam cada vez mais por independência e são inimigos por motivos territoriais da Turquia e assim ao eixo a qual ela se alia que busca mante-los tutelados.
Apoiados pelo Níger e dominando parte da Líbia encontramos a Resistência Jamahya Líbia herdeira do legado e das forças do ex-líder líbio Muamar Khadafí destronado por uma agressão da OTAN que hoje transformou a Líbia em um grande campo de batalha entre os três eixos, sendo a resistência Jamahya ligada ao Eixo da Resistência.
O aumento da intensidade dos conflitos provocados pela rivalidade entre os três Eixos vem aumentando o Oriente Médio como "barril de pólvora" e expandindo os conflitos e interesses dali a Europa principalmente nos casos Ucrânia e Geórgia, ao Norte da Àfrica já chegando ao norte da Nigéria e a região do Afeganistão-Paquistão aonde se iniciaram os conflitos da era contemporânea e a Al-Quaeda que dita a maior parte dos conflitos regionais e assim trazendo a arena cada vez mais o Paquistão (e consequentemente a Índia) a papéis vitais.
O Oriente Médio no século XX, continua e cada vez mais neste início de século XXI "no Centro do Mundo".
Conflito Israel-Palestina, Nacionalismo àrabe, Wahhabismo e terrorismo Taqfiri ligado a Al-Quaeda, Revolução Iraniana, agressões imperialistas e surgimento dos Três Eixos marcam esta região movida a petróleo e gás, ao "ouro negro da economia global".
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