quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O COLAR DE PÉROLAS DA CHINA

A China com todo seu gigantismo e vasto território, consegue por mais incrível que pareça ter uma relação e vias de comércio sob os inúmeros países que a fazem fronteira terrestre do que sob seu enorme litoral devido ao cêrco que ali é posto pelos EUA e as nações que estes tutelam ou a ele se aliam e que praticamente cerceiam o litoral chinês.
A estratégia chinesa está no que batizaram de "Colar de pérolas", seus portos, bases militares marítimas e pontos estratégicos de navegação que atuam na defesa de seu litoral ante tal cêrco e juntamente com portos mais abertos a si e parcerias militares que por vezes resultam em operações conjuntas, até hoje de caráter defensivo, o Gigante asiático forma uma rota que "fura o cêrco" e lhe permite um litoral seguro e vias marítimas abertas para interação e comércio mundo a fora.
O mapa demonstra os pontos estratégicos deste "Colar de pérolas" e as nações que são parceiras da China e as que como parceiras dos EUA dificultam suas posições, além de nações que interagem com ambas e apesar de serem tradicionalmente "rotas seguras" para embarcações chinesas por vezes os interesses oscilam e podem gerar crises pontuais.
Em tempos recentes a grande perda deu-se na Tailândia aonde um golpe militar patrocinado pelos EUA retirou um governo simpático a Pequim e com sua posição estratégica dificultou em muito as rotas chinesas e principalmente implodiu os planos de parceria "a longuíssimo prazo" que contariam incluso com a construção de um canal interoceânico que diminuiria as distâncias entre as rotas no Oceano Pacífico ao Índico.
A China também tem intensificado laços históricos e pondo fim a antigas rivalidades, oque vem forjado "alianças de alto nível" com nações de porte como a Rússia e o Irã, além da Àsia Central, o Paquistão e a região da Síria e Líbano no Oriente Médio.
Apesar de crises pontuais se consolidam alianças com a Índia e a Indonésia, por exemplo.
Mais com certeza o grande "ponto estratégico" e aliado a qual a China faz questão de cultivar é a Coréia Popular, a qual possuem relações quase complementares.
Apesar de tudo também se mantém estável a relação com a Indochina, em especial com o Vietnã, por mais que as tentativas recentes dos EUA procurassem distanciar as nações.
Como plataforma de projeção e tutela dos EUA na região e por todas as causas históricas, embora tentem uma relação "menos beliciosa", sempre interrompida por pressões norte-americanas, prossegue o Japão e seus aliados como a Coréia do Sul os principais entraves a defesa e livre circulação dos interesses chineses.
O caso de Taiwan é o mais particularmente grave que a China reclama como seu território e os EUA sob o Japão interessa manter afastado de Pequim.
Nota-se que as posições chinesas são absolutamente defensivas, é a China que está cercada, qualquer teorização fora disso, foge a realidade, assim como o interesse vital da China de afastar dali os interesses dos EUA que buscam sufocar seu desenvolvimento e própia existência como nação soberana.
Se há partes na China e nos EUA que os tornam "economias complementares", os "interesses nacionais" os dividem e as àereas de defesa, comércio marítimo e mesmo matérias-primas os põe em lados opostos.

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