Daqui a alguns anos poderemos dizer que foi na Siria que se iniciou o mundo multipolar, foi no fracasso dos EUA em invadir o país e na firme reação da Rússia que passaram a se desenrolar os acontecimentos que hoje delineam um futuro de multipolaridade.
De fins de 2014 a hoje o conflito intensificou uma divisão que se expraiou a outras vertentes na política internacional.
De um lado um Eixo da Resistência composto pela Rússia, pela China e pelo Irã que ao defender a Síria desde então são levados a liderança do processo contra-hegemônico e da gestação de um mundo multipolar.
De outro um Eixo Franco-Turco-Catarí ligado a forças na Irmandade Muçulmana e com projetos imperialistas própios em particular na Síria aonde inclusive já faziam planos de divisão do país entre os própios.
Ainda um Eixo Sionista-Saudita, duas nações em crise que impulsionam guerras na região e no mundo por projetos expansionistas e pela própia integridade territorial muito ligados as células da Al-Quaeda e na Síria a Frente Al-Nusra.
De interesses conflitantes na Síria, os Franco-Turco-Catarís e os Sionistas-Sauditas passaram a conflitar regionalmente no Egito, na Líbia, na Argélia e logo globalmente como no Donbass aonde os primeiros buscam um distencionamento com a Rússia e os últimos o estopim do conflito.
Tudo costurado e interligado no fio da navalha por um EUA com facções também em disputa aonde por ora Obama tende aos Franco-Turco-Catarís e seus adversários republicanos na figura do Senador Jhon Mac Cain aos Sionistas-Sauditas.
Em um último gesto de desespero os EUA buscaram uma "Coalizão anti-Estado Islâmico" como desculpa para agredir a Síria e retomar o Iraque, e em um último gesto conciliar os interesses irreconciliáveis.
A política Sionista-Saudita iniciada no Afeganistão agora é prática mundo a fora e usada como instrumento para seu domínio em especial no Mundo Àrabe mais também para hostilizar e chantagear os inimigos como a Rússia.
Os Franco-Turco-Catarís embarcaram na onda com os EUA mais viram que os Sionistas-Sauditas não tinham os mesmos interesses que os seus.
É irreconciliável até territorialmente os projetos do "Lago do Mediterrâneo e da Turquia Expandida" dos Franco-Turco-Catarís com "a Eretz Israel e o Estado Islâmico Saudita".
A Siria reavivou também oque esteve inerte desde o estabelecimento da Hegemonia dos EUA nos anos 90 : As nações do Terceiro Mundo e muitas com certa autonomia rechassaram categoricamente a intervenção imperialista mostrando que longe de estar isolada a Siria contava com respaldo internacional.
E também foi reavivada a solidariedade internacional com diversas nações ajudando efetivamente a Síria e não só com armas e equipamentos mais também com víveres, matérias-primas e investimentos.
É por isso que a Siria é a "semente da multipolaridade" pois em torno dela se criou a dinâmica que leva o mundo hoje poder enxergar a frente um mundo multipolar.
Foi a primeira vez desde seu triunfo que a hegemonia foi barrada e viu a oposição ou a indiferença da grande maioria do mundo.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
Principais Escolas de Samba do Rio de Janeiro
O
carnaval carioca e tão logo fluminense, dos blocos de rua, ao desfile
na Intendente Magalhães com o ponto alto do Sambódromo é uma das marcas
da cultura de nossa cidade e expandido ao entorno com linguagens e
características únicas.
Embora mercantilizado, o carnaval não perdeu sua identidade nascida dos morros, das favelas, das comunidades cariocas, da alma africana reinventando as antigas tradições do entrudo e dos bailes de máscaras.
Dessa síntese, nasce a marca da passarela do samba que através das principais escolas de samba que movimentam as comunidades o ano inteiro fazem do àpice no desfile na avenida, uma amostra do Rio de Janeiro para o mundo.
Embora mercantilizado, o carnaval não perdeu sua identidade nascida dos morros, das favelas, das comunidades cariocas, da alma africana reinventando as antigas tradições do entrudo e dos bailes de máscaras.
Dessa síntese, nasce a marca da passarela do samba que através das principais escolas de samba que movimentam as comunidades o ano inteiro fazem do àpice no desfile na avenida, uma amostra do Rio de Janeiro para o mundo.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
O COLAR DE PÉROLAS DA CHINA
A China com todo seu gigantismo e vasto território, consegue por mais incrível que pareça ter uma relação e vias de comércio sob os inúmeros países que a fazem fronteira terrestre do que sob seu enorme litoral devido ao cêrco que ali é posto pelos EUA e as nações que estes tutelam ou a ele se aliam e que praticamente cerceiam o litoral chinês.
A estratégia chinesa está no que batizaram de "Colar de pérolas", seus portos, bases militares marítimas e pontos estratégicos de navegação que atuam na defesa de seu litoral ante tal cêrco e juntamente com portos mais abertos a si e parcerias militares que por vezes resultam em operações conjuntas, até hoje de caráter defensivo, o Gigante asiático forma uma rota que "fura o cêrco" e lhe permite um litoral seguro e vias marítimas abertas para interação e comércio mundo a fora.
O mapa demonstra os pontos estratégicos deste "Colar de pérolas" e as nações que são parceiras da China e as que como parceiras dos EUA dificultam suas posições, além de nações que interagem com ambas e apesar de serem tradicionalmente "rotas seguras" para embarcações chinesas por vezes os interesses oscilam e podem gerar crises pontuais.
Em tempos recentes a grande perda deu-se na Tailândia aonde um golpe militar patrocinado pelos EUA retirou um governo simpático a Pequim e com sua posição estratégica dificultou em muito as rotas chinesas e principalmente implodiu os planos de parceria "a longuíssimo prazo" que contariam incluso com a construção de um canal interoceânico que diminuiria as distâncias entre as rotas no Oceano Pacífico ao Índico.
A China também tem intensificado laços históricos e pondo fim a antigas rivalidades, oque vem forjado "alianças de alto nível" com nações de porte como a Rússia e o Irã, além da Àsia Central, o Paquistão e a região da Síria e Líbano no Oriente Médio.
Apesar de crises pontuais se consolidam alianças com a Índia e a Indonésia, por exemplo.
Mais com certeza o grande "ponto estratégico" e aliado a qual a China faz questão de cultivar é a Coréia Popular, a qual possuem relações quase complementares.
Apesar de tudo também se mantém estável a relação com a Indochina, em especial com o Vietnã, por mais que as tentativas recentes dos EUA procurassem distanciar as nações.
Como plataforma de projeção e tutela dos EUA na região e por todas as causas históricas, embora tentem uma relação "menos beliciosa", sempre interrompida por pressões norte-americanas, prossegue o Japão e seus aliados como a Coréia do Sul os principais entraves a defesa e livre circulação dos interesses chineses.
O caso de Taiwan é o mais particularmente grave que a China reclama como seu território e os EUA sob o Japão interessa manter afastado de Pequim.
Nota-se que as posições chinesas são absolutamente defensivas, é a China que está cercada, qualquer teorização fora disso, foge a realidade, assim como o interesse vital da China de afastar dali os interesses dos EUA que buscam sufocar seu desenvolvimento e própia existência como nação soberana.
Se há partes na China e nos EUA que os tornam "economias complementares", os "interesses nacionais" os dividem e as àereas de defesa, comércio marítimo e mesmo matérias-primas os põe em lados opostos.
A estratégia chinesa está no que batizaram de "Colar de pérolas", seus portos, bases militares marítimas e pontos estratégicos de navegação que atuam na defesa de seu litoral ante tal cêrco e juntamente com portos mais abertos a si e parcerias militares que por vezes resultam em operações conjuntas, até hoje de caráter defensivo, o Gigante asiático forma uma rota que "fura o cêrco" e lhe permite um litoral seguro e vias marítimas abertas para interação e comércio mundo a fora.
O mapa demonstra os pontos estratégicos deste "Colar de pérolas" e as nações que são parceiras da China e as que como parceiras dos EUA dificultam suas posições, além de nações que interagem com ambas e apesar de serem tradicionalmente "rotas seguras" para embarcações chinesas por vezes os interesses oscilam e podem gerar crises pontuais.
Em tempos recentes a grande perda deu-se na Tailândia aonde um golpe militar patrocinado pelos EUA retirou um governo simpático a Pequim e com sua posição estratégica dificultou em muito as rotas chinesas e principalmente implodiu os planos de parceria "a longuíssimo prazo" que contariam incluso com a construção de um canal interoceânico que diminuiria as distâncias entre as rotas no Oceano Pacífico ao Índico.
A China também tem intensificado laços históricos e pondo fim a antigas rivalidades, oque vem forjado "alianças de alto nível" com nações de porte como a Rússia e o Irã, além da Àsia Central, o Paquistão e a região da Síria e Líbano no Oriente Médio.
Apesar de crises pontuais se consolidam alianças com a Índia e a Indonésia, por exemplo.
Mais com certeza o grande "ponto estratégico" e aliado a qual a China faz questão de cultivar é a Coréia Popular, a qual possuem relações quase complementares.
Apesar de tudo também se mantém estável a relação com a Indochina, em especial com o Vietnã, por mais que as tentativas recentes dos EUA procurassem distanciar as nações.
Como plataforma de projeção e tutela dos EUA na região e por todas as causas históricas, embora tentem uma relação "menos beliciosa", sempre interrompida por pressões norte-americanas, prossegue o Japão e seus aliados como a Coréia do Sul os principais entraves a defesa e livre circulação dos interesses chineses.
O caso de Taiwan é o mais particularmente grave que a China reclama como seu território e os EUA sob o Japão interessa manter afastado de Pequim.
Nota-se que as posições chinesas são absolutamente defensivas, é a China que está cercada, qualquer teorização fora disso, foge a realidade, assim como o interesse vital da China de afastar dali os interesses dos EUA que buscam sufocar seu desenvolvimento e própia existência como nação soberana.
Se há partes na China e nos EUA que os tornam "economias complementares", os "interesses nacionais" os dividem e as àereas de defesa, comércio marítimo e mesmo matérias-primas os põe em lados opostos.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
A rede - Al Quaeda
Sua
origem remonta a operações dos EUA, Reino Unido, Israel, Arábia Saudita
e Paquistão contra o governo pró-soviético do Afeganistão e o posterior
embate das tropas soviéticas contra estes "guerreiros das madraçais",
os Talibã.
Em tempos mais recentes se tornaram prática inerente a política saudita ao ataque em seus inimigos e na expansão de sua zona de influência em comunhão com os objetivos estratégicos de Israel e da pilhagem imperialista dos EUA.
Logo outras nações como a França, a Turquia e o Catar levariam essa estratégia a seus objetivos ora cooperando, ora criando novos braços mais a seu favor desses grupos terroristas.
Hoje formam "uma verdadeira rede", simulando um islã que na verdade só serve aos objetivos do Imperialismo em comunhão com os regimes monárquicos do Golfo Pérsico.
Em tempos mais recentes se tornaram prática inerente a política saudita ao ataque em seus inimigos e na expansão de sua zona de influência em comunhão com os objetivos estratégicos de Israel e da pilhagem imperialista dos EUA.
Logo outras nações como a França, a Turquia e o Catar levariam essa estratégia a seus objetivos ora cooperando, ora criando novos braços mais a seu favor desses grupos terroristas.
Hoje formam "uma verdadeira rede", simulando um islã que na verdade só serve aos objetivos do Imperialismo em comunhão com os regimes monárquicos do Golfo Pérsico.
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